Paixão à Flor da Pele
Cópia americana de filme francês recente. Uma historinha de amor, muito meia-boca, que para fugir do tradicional tenta confundir o espectador no início da trama com um vai-e-vem forçado no tempo. Personagens tão quadrados e datados como os do desenho animado. O filme tinha tudo para ser uma bomba, mas nem tudo é perda de tempo! Tudo bem, Paixão à Flor da Pele é esquecível e previsível como quase todos os personagens da trama. Quase todos, pois a exceção é a gatinha charmosa Rose Byrne. A australiana é o ponto alto do filme. Só Josh Hartnett pra não perceber como aquela menina é incrível – e dá de mil na morna Diane Kruger. Até o coadjuvante Matthew Lillard, em papel ingrato, percebe isso! Mas como o galã tem de ser alguém com aquele ar de menino perdido, o centro das atenções tem de ser Hartnett. Por isso é tão fácil não gostar do cinemão!
Para provar minha tese, basta recorrer ao original L`Appartement (1996). Filminho também bem mais ou menos não fosse a presença de Vicent Cassel e Monica Bellucci nos papéis principais. Eles têm química e são realmente interessantes. Cassel é um cara muito mais intrigante que o previsível Hartnett. Comparar a alemã aguada Kruger com Bellucci é pecado. A única personagem que se destaca na versão americana é mesmo a de Rose Byrne, que dá de mil na atriz e cantora francesa Romana Bohringer, a vilã na versão original. Para quem não lembra de Byrne, ela foi a amante de Brad Pitt em Tróia. Lembrou?! Pois é, aqui tentaram deixá-la feia Pois, logicamente, ela deveria se deixar ofuscar por Kruger, que, tirando a beleza, não tem nada demais. Duas cenas de Byrne merecem destaque: o choro no camarim e a sedução no apartamento. Não falo apenas da atriz, mas a personagem é, sem dúvida, a única com um traço verossímil de complexidade.
A trama é esta: o jovem executivo Matthew (Harnett), agora noivo, volta à sua cidade natal, Chicago, e tenta se reaproximar de mulher por quem foi apaixonado. Ele simplesmente não vai a uma importante viagem de negócios na China, pois acredita ter uma pista que o leve ao seu antigo amor. Matthew é obcecado por Lisa (Kruger) e entre flashbacks, que explicam a relação dos dois no passado, vai tentar encontrá-la.
No meio da trama, aparece a charmosa Alex (Byrne), dizendo se chamar Alice. Alex é uma paquera de Luke (Lillard) amigo e confidente de Matthew. A garota seduz Matthew, e parece ter uma série de pecados que remetem à época do namoro entre Alice e Matthew. E há até versões do mesmo episódio sobre o ponto de vista de personagens diferentes – mais uma vez Rashomon faz escola. Entretanto não dá pra se animar muito, além da falta de empatia dos protagonistas, o roteiro tem muitas falhas, o que compromete significativamente o resultado final.
Para provar minha tese, basta recorrer ao original L`Appartement (1996). Filminho também bem mais ou menos não fosse a presença de Vicent Cassel e Monica Bellucci nos papéis principais. Eles têm química e são realmente interessantes. Cassel é um cara muito mais intrigante que o previsível Hartnett. Comparar a alemã aguada Kruger com Bellucci é pecado. A única personagem que se destaca na versão americana é mesmo a de Rose Byrne, que dá de mil na atriz e cantora francesa Romana Bohringer, a vilã na versão original. Para quem não lembra de Byrne, ela foi a amante de Brad Pitt em Tróia. Lembrou?! Pois é, aqui tentaram deixá-la feia Pois, logicamente, ela deveria se deixar ofuscar por Kruger, que, tirando a beleza, não tem nada demais. Duas cenas de Byrne merecem destaque: o choro no camarim e a sedução no apartamento. Não falo apenas da atriz, mas a personagem é, sem dúvida, a única com um traço verossímil de complexidade.
A trama é esta: o jovem executivo Matthew (Harnett), agora noivo, volta à sua cidade natal, Chicago, e tenta se reaproximar de mulher por quem foi apaixonado. Ele simplesmente não vai a uma importante viagem de negócios na China, pois acredita ter uma pista que o leve ao seu antigo amor. Matthew é obcecado por Lisa (Kruger) e entre flashbacks, que explicam a relação dos dois no passado, vai tentar encontrá-la.
No meio da trama, aparece a charmosa Alex (Byrne), dizendo se chamar Alice. Alex é uma paquera de Luke (Lillard) amigo e confidente de Matthew. A garota seduz Matthew, e parece ter uma série de pecados que remetem à época do namoro entre Alice e Matthew. E há até versões do mesmo episódio sobre o ponto de vista de personagens diferentes – mais uma vez Rashomon faz escola. Entretanto não dá pra se animar muito, além da falta de empatia dos protagonistas, o roteiro tem muitas falhas, o que compromete significativamente o resultado final.
Um questionamento moral chama a atenção no filme. O casal principal acha que o amor que sentem um pelo outro justifica qualquer atitude egoísta. Porra, Matthew está noivo de uma garota que realmente gosta dele e está pouco se lixando para os sentimentos dela – não demonstra um pingo de remorso com atitudes tão mesquinhas. Alex, por sua vez, é culpada por ter jogado pesado para conquistar o que queria...Ela é a vilã só por ser mais forte que a passiva, insegura e ingênua Alice. Quer dizer que alguns são culpados por lutarem pelo que desejam, enquanto outros têm seus atos perdoados, pois, afinal, são motivados pelo amor verdadeiro?! Isso que é dois pesos, duas medidas.
Infelizmente tudo é mesmo muito óbvio. Ganha um doce quem disser o lugar do desfecho da trama. Pensa um pouquinho - comédia romântica de Hollywood. Ganhou um doce quem falou aeroporto. Olho no olho e lá vem a música pop, neste caso uma boa música – The Scientist do Coldplay. E é isso. Um detalhe - caso o protagonista não fosse tão previsível se apaixonaria por Alex. Aliás, cair de amores por uma vilã tão deliciosamente maquiavélica e, apesar de tudo, frágil e sensível não é tarefa difícil. A lanterna dos afogados no meio de tanta obviedade.
Ponto Alto: Matthew Lillard é um ator carismático e não faz feio.
Ponto Baixo: tratar o público como idiota explicando cada ação pra não deixar ninguém confuso. Em um momento, o personagem invade um quarto de hotel, mas acaba adormecendo – lá vem um horrendo flashback informando que a noiva tinha lhe dado soníferos. Deixa o povo pensar!
Infelizmente tudo é mesmo muito óbvio. Ganha um doce quem disser o lugar do desfecho da trama. Pensa um pouquinho - comédia romântica de Hollywood. Ganhou um doce quem falou aeroporto. Olho no olho e lá vem a música pop, neste caso uma boa música – The Scientist do Coldplay. E é isso. Um detalhe - caso o protagonista não fosse tão previsível se apaixonaria por Alex. Aliás, cair de amores por uma vilã tão deliciosamente maquiavélica e, apesar de tudo, frágil e sensível não é tarefa difícil. A lanterna dos afogados no meio de tanta obviedade.
Ponto Alto: Matthew Lillard é um ator carismático e não faz feio.
Ponto Baixo: tratar o público como idiota explicando cada ação pra não deixar ninguém confuso. Em um momento, o personagem invade um quarto de hotel, mas acaba adormecendo – lá vem um horrendo flashback informando que a noiva tinha lhe dado soníferos. Deixa o povo pensar!
16 Comments:
Porque o título: "Paixão à Flor da Pele"? Se os protagonistas sentiam um "amor verdadeiro" o qual fez com que Matthew não viajasse para China, onde teria uma reunião de negócios super importante!?!?
É Paulo, isso é verdade mesmo. Mas o lance é que o título em português que foi meio ingrato. O título original é Wicker Park, lugar onde o casal se encontrava. Acho que os distribuidores brasileiros colocaram esse título pra aproveitar o filão do Amor à Flor da Pele do Wong Kar-Wai.
Por que me indicou o filme, se você o detestou? hahahahaha
Até a parte que assisti, eu estava gostando (faltaram dois capítulos).
Você achou a vilã deliciosamente maquiavélica? Pra mim ela não passa de uma louca nojenta e confusa, porém, é a personagem mais interessante.
Ridículo seu comentário, meu amigo. O filme é bom. Tem um excelente roteiro, sem furos. Um ótimo elenco, uma boa direção de atores e uma fotografia de qualidade. Bem acima da média. se você não gosta do estilo do filme, aí é outra onda...
Ridículo é palavra forte.. mas tudo bem, recebo sua crítica de bom grado! Valeu parceiro!
infelizmente o povo gosta desse tipo de filme...não vou negar que eu também gostei...faz a gente se iludir de que ainda existam homens que correm atrás do amor...mesmo que na sua opinião o filme seja um "filmisinho"...acredito que ela se dá pelo fato de você nunca ter amado alguém de verdade, caro juarez, pois é preciso ter sentimento pra gostar de ver histórias de amor...mas gostaria de saber sua opinião sobre o filme' antes que termine o dia'
abraço!
Olá. Gosto sim de filmes de romance... Só achei este Paixão a Flor da Pele previsível, mas vale pelo divertimento. Tem um filme que eu gosto muito, o Um Homem, Uma Mulher. Tem uma crítica aí mais pra cima...dá uma olhada.
"Antes que termine o dia" ainda não vi, mas coloquei na minha lista. Sobre a minha vida amorosa, te digo que sou muito bem resolvido. :-p
Valeu e continue acessando o blog.
Gostaria d saber qual a relação do filme, com a letra da música The Scientist.
Se puderem , me responder, preciso disso,com urgência.
A letra da música fala "em andar em círculos..e também em começar novamente...voltar a ser o que era"
Acho que isso tem a ver com o filme, né?! Não sei de nada concreto; só uma suposição mesmo.
Valeu.
Brigado, pela informação,mas se vc tbm puder acrescentar, mas alguma coisa, eu agradeceria.
Vlew,xD
Brother......
eu nao gosto muito de filmes de romance.....mas esse filme é bom D+
tudo é perfeito.....a historia os atores.....tudo.
e vc fala q o filme é uma bosta....ai é nao da.....
se esse filme é ruim,fala um bom entao Brother
Poxa...eu amei esse filme! E nem achei previsível! Não totalmente! É um ótimo filme pra ver! Não é daqueles que as pessoas falam maravilhas, vc vê, gosta, mas deseja nunca mais ver. rsrs
Adorei a jogada de imagens e por não ser um romance duh.. cor de rosa, sabe?! rsrs
Pra quem gosta de filmes do gênero é bom. Já vi bem piores, tipo Plano B com a Jennifer Lopes e outros... muito ruins... pelo menos tem uma tramazinha...
Gostei do filme, a história é ótima e imprevisível, acontece tudo ao contrario do eu achei que ia acontecer.
Nossa que maluquice o que as pessoas postam... não conseguem opinar concretamente sobre o filme e preferem condenar a sua opinião! Isso foi o que mais me chamou atenção!
Eu não assisti ao filme, sem querer descobri ele por causa da música do Cold, enfim fui buscar mais informações e acabei encontrando seu blog.
Gostei da forma como vc faz sua crítica... e gostaria de algumas indicações de filmes bons...comédias, romances, dramas... valeu abraço
Se o cara tava apaixonado e teve essa paixão interrompida, que diferença faz e a outra menina ser mais bonita e interessante? Mas, se despertou essa revolta em você, prova que o filme não foi tão insipido assim, não e mesmo?
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