Calafrios
Acabei de sair do cinema depois de ter visto aquela bomba chamada Os Invasores - . A bomba tem diretor alemão e a pior atriz de todos os tempos no elenco, além de jurar de pé junto que se trata de uma nova versão da estória de Jack Finney. Além de uma mensagem duvidosa do ponto de vista sociológico e ético, presenciei duas horas de uma ficção científica frouxa e que mais parecia teatro infantil. Sem falar daquela porra convencional de ter de ir atrás do filho mesmo que a existência humana tenha de ser sacrificada, do olho no olho no momento de desespero, das conclusões geniais feitas por pessoas comuns em questões de segundos, dentre outras merdas. Pois bem, ficção científica parte de premissas inverossímeis, daí o talento de seus realizadores em fazer algo que ao menos se torne crível ao primeiro olhar. Isso não acontece com a produção hollywoodiana, que se leva a sério demais. Entretanto no filme Calafrios, obra seminal de Cronenberg, temos um dos modelos mais fidedignos desta proposta de invasores de corpos – que serviu e ainda é usada para uma infinidade de alegorias.
Feito no início da carreira do nosso canadense preferido, o filme é repleto de erros, mas é muito autêntico em identificar o espectador com sua situação ilógica. Vejamos, a trama toda se passa em um condomínio de luxo em uma isolada ilha canadense e a epidemia é causada por um erro de cientistas que pretendiam criar uma bactéria que se adaptasse ao corpo humano e se transformasse em órgãos – dispensando a necessidade de transplante no caso de alguma debilidade fisiológica. Entretanto, uma garota do condomínio é usada na experiência, que obviamente dá errado. Como a epidemia se alastra principalmente por relações sexuais e a menina é promíscua...
O espectador acompanha o desenvolvimento dos sintomas - terríveis cólicas abdominais e monstrinhos em forma de larva – por meio de Nicholas Tudor (Allan Kolman). Os sintomas são aqueles tipo zumbi de praxe, acrescido do fato dos infectados terem uma maior compulsão sexual. Lógico que alguns são mais maliciosos e sedutores, e outros, digamos, mais compulsivos mesmo. Nossos heróis são o “galã” Paul Hampton, como o Doutor Roger St. Luc e sua namorada, a enfermeira Forsyth (Lynn Lowry). Ele faz o tipo McQueen dos pobres, enquanto ela é a ninfetinha esperta. O legal é que os personagens têm seus atos heróicos limitados a suas condições físicas e a própria situação a qual estão envolvidos.
O elenco em si não compromete o resultado final que, a despeito de uma série de imperfeições, são compensados por aquele delicioso climinha B dos anos 1970. Sem falar que o melhor do cinema de Cronenberg do início da carreira está aqui – teses científicas absurdas e assustadoras, aquele povo branquelo e feioso do Canadá e, é claro, a sexualidade. Enfim, cabe dizer que o clima onírico indispensável a uma idéia tão surreal e pretensiosa está em Calafrios, mas não no filmeco de Nicole Kidman. Mais uma vez o cinema parece andar para trás.
Ponto Alto: a cena final é um deslumbre.
Ponto Baixo: muitos erros de edição passam do limite do aceitável. Personagens mudam de posição de um enquadramento para outro, entre outros.
Feito no início da carreira do nosso canadense preferido, o filme é repleto de erros, mas é muito autêntico em identificar o espectador com sua situação ilógica. Vejamos, a trama toda se passa em um condomínio de luxo em uma isolada ilha canadense e a epidemia é causada por um erro de cientistas que pretendiam criar uma bactéria que se adaptasse ao corpo humano e se transformasse em órgãos – dispensando a necessidade de transplante no caso de alguma debilidade fisiológica. Entretanto, uma garota do condomínio é usada na experiência, que obviamente dá errado. Como a epidemia se alastra principalmente por relações sexuais e a menina é promíscua...
O espectador acompanha o desenvolvimento dos sintomas - terríveis cólicas abdominais e monstrinhos em forma de larva – por meio de Nicholas Tudor (Allan Kolman). Os sintomas são aqueles tipo zumbi de praxe, acrescido do fato dos infectados terem uma maior compulsão sexual. Lógico que alguns são mais maliciosos e sedutores, e outros, digamos, mais compulsivos mesmo. Nossos heróis são o “galã” Paul Hampton, como o Doutor Roger St. Luc e sua namorada, a enfermeira Forsyth (Lynn Lowry). Ele faz o tipo McQueen dos pobres, enquanto ela é a ninfetinha esperta. O legal é que os personagens têm seus atos heróicos limitados a suas condições físicas e a própria situação a qual estão envolvidos.
O elenco em si não compromete o resultado final que, a despeito de uma série de imperfeições, são compensados por aquele delicioso climinha B dos anos 1970. Sem falar que o melhor do cinema de Cronenberg do início da carreira está aqui – teses científicas absurdas e assustadoras, aquele povo branquelo e feioso do Canadá e, é claro, a sexualidade. Enfim, cabe dizer que o clima onírico indispensável a uma idéia tão surreal e pretensiosa está em Calafrios, mas não no filmeco de Nicole Kidman. Mais uma vez o cinema parece andar para trás.
Ponto Alto: a cena final é um deslumbre.
Ponto Baixo: muitos erros de edição passam do limite do aceitável. Personagens mudam de posição de um enquadramento para outro, entre outros.
7 Comments:
Bah. Eu queria ter assistido antes de ler, ó. :/
Adorei o bah... rs
O fato de ter lido antes de ver não tem grande importância, pois o filme não tem mesmo nenhuma grande surpresa. Vale mais pelo visual!
Bah
:-p
Beijão pra vc!
Este comentário foi removido pelo autor.
Cadê o Superbad nessa porra?
Esse Matchola... rs
Tou tentando postar tem uns dias já! Mah que droga de blogger!!!
Eu agora irei assitir procurando os erros! Nao vale!
E a Nicole estaria numa possivel lista de top5 minha. Vá ser elegante assim lá longe!
Beijão!
Esse blogger emperra mesmo... Mas gostei da sua insistência.
Espero que vc goste do filme. Sabe um filme que acho que vc ia gostar pelo estilo - Superfly. Tem até uma crítica aí pra baixo.
Nicole no top5... não mesmo! Bonita e realmente muito elegante, mas deve ser fresca demais. Falta algo na garota...
;-)
Bj!
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