18 de fevereiro de 2009

Rocky Balboa


Reza a lenda que o personagem Rocky Balboa foi inspirado em Chuck Wepner, um coadjuvante no mundo dos pesos pesados, que, por um golpe do destino, enfrentou Muhammad Ali. Chuck chegou a derrubar “o maior de todos os tempos” durante a luta. O problema foi que a batalha durou os quinze rounds previstos e Ali não derrubou o cara, apenas judiou. O negócio foi feio. Pego este mote, criou-se em época de moral em baixa nos EUA (todos citam a Guerra do Vietnã e o caso Watergate) o “freak” mais querido do mundo do boxe. O cenário: as ruas lavadas da Filadélfia, sinônimo de liberdade para o povo americano. O filme mostrava que qualquer um, inclusive um retardado que trabalhava como cobrador para os mafiosos, pode ser um vencedor.

O primeiro filme foi em 1976 e chegou a papar alguns Oscars (o detalhe é que Rocky perde a luta para Apollo Creed, apesar de ter uma versão dublada em que dizem que deu empate... nada a ver). O filme foi o golpe certo na carreira de Stallone; definitivamente, catapultou a carreira do astro. Pois depois de uma temporada tenebrosa (a série só caiu de qualidade ao longo do tempo), Rocky - agora um velho viúvo em conflito com o filho - volta às ruas molhadas da cidade natal e, na tentativa de promover um jovem e impetuoso lutador, encara uma improvável luta promocional. É a chance de redenção e a oportunidade de passar bons valores ao filho etc. O cara é um herói, mas tem de provar isso mais uma vez – dizem que as pessoas têm até três oportunidades de darem certo na vida, mas essa regra não se aplica ao nosso boxeador favorito. Rocky Balboa, apesar de puxar na sacarose em vários momentos, tem seu charme; afinal a despedida do Ganharão Italiano dos ringues não poderia passar despercebida.

Ponto Alto: as sequências de treinamento ao som clássico de Bill Conti e as cenas de luta são muito bem realizadas.

Ponto Baixo: Rocky continua aquele cara lento na vida social. Meio perdidão, sem tato nenhum com a mulherada. Naquela época era até legal ver isso; hoje, ninguém mais tem paciência.

P.S: dedicado ao amigo Dieguito.

2 Comments:

Blogger Felipe M. Guerra said...

Cara, como muita gente, eu fui ao cinema ver este filme pensando que ia ser a piada da década. Tipo, Stallone velhão, ainda tentando convencer como boxeador, aquele heroísmo disfarçado e bla bla bla. Mas vou te confessar que me surpreendi. A história consegue manter a atenção até o fim, e, quem diria, o duelo final até arranha certo suspensezinho do tipo "Será que ele ganha?". Fiquei muito satisfeito, eu jurava que iam enfiar aquele finalzinho clichê de fim de personagem, tipo com o Rocky morrendo ao final da luta ou algo do gênero.

11:30 PM  
Blogger Paulo de Tarso said...

Grande garoto,
muito bom seu comentário "encomendado".Eu sou mt fã dos filmes, da superação do personagem. Não sabia da inspiração...
Desculpe pela demora, carnaval é fogo mesmo ehheheeheh
Gostei até do ponto baixo, mesmo sendo fã
abração

12:04 AM  

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