Vanishing Point
Filme cool setentista sobre Kowalski (Barry Newman), um ex-piloto de corridas que tem de transportar um carro de Denver para San Francisco e acaba perseguido pela polícia, mas, ajudado por um radialista cego, segue viagem, modificado a paisagem dos desertos ao seu redor. O carro queridinho dos americanos, o Dodge Challenger, e o estilo despojado do protagonista movido a anfetaminas fazem de Vanishing Point um pequeno clássico da contracultura.
A chave do filme está em seu protagonista. Kowaslski foi policial (mas foi expulso por tentar ajudar uma garota a fugir do assédio de um colega) e mantém o respeito por ser veterano da guerra do Vietnã. Entretanto, surge como uma espécie de ex-hippie em busca de expiação. Ele mantém o olhar distante e não se apega a nada, nem a ninguém - ainda parece incorformado com a morte trágica da mulher que gostava - e na sua trajetória rumo a lugar nenhum descontrói "símbolos" como a polícia, a religião e o próprio estilo de vida dos hippies. Um reflexo do incorformismo e dos conflitos vividos pela juventude americana na época, ainda perdida com as possibilidades abertas nos anos 1960.
Como não poderia ser diferente, um filme politicamente incorreto como esse não poderia passar sem um remake. E este foi realizado em 1997 e traz Viggo Mortensen no elenco. Não vi e nem me interessa, pois tenho medo deles terem transformado a macheza inconseqüente de Kowaslki em sensibilidade. Prefiro ficar com o original e lembrar que uma dose extra de testosterona não faz mal a ninguém.
Ponto Alto: fico na dúvida entre a cena dos ladrões gays ou a sequência onírica com os fanáticos religiosos no deserto.
Ponto Baixo: os flashbacks com as cenas de romance, incluindo a estúpida morte da companheira do protagonista, são muito ruins.
Como não poderia ser diferente, um filme politicamente incorreto como esse não poderia passar sem um remake. E este foi realizado em 1997 e traz Viggo Mortensen no elenco. Não vi e nem me interessa, pois tenho medo deles terem transformado a macheza inconseqüente de Kowaslki em sensibilidade. Prefiro ficar com o original e lembrar que uma dose extra de testosterona não faz mal a ninguém.
Ponto Alto: fico na dúvida entre a cena dos ladrões gays ou a sequência onírica com os fanáticos religiosos no deserto.
Ponto Baixo: os flashbacks com as cenas de romance, incluindo a estúpida morte da companheira do protagonista, são muito ruins.
PS: atenção para a música do Globo Repórter logo no início das perseguições.
1 Comments:
ponto altíssimo: "Super Soul" vivido com genialidade por Cleavon Little, e em especial, Super Soul tentando "convencer" Kowalski a desistir...
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