O Pagamento Final
Martin Scorsese disse que, no cinema, os bandidos são mais interessantes que os mocinhos. Sua filmografia apenas corrobora essa teoria. Brian de Palma deve concordar com Scorsese, pois depois de um violentíssimo, radical, cafona e maravilhoso Scarface, enveredou novamente pelo universo da marginalidade. Estamos falando de O Pagamento Final, um dos filmes mais mal compreendidos do diretor. Recebi uma bronca por ter economizado nos elogios quando escrevi a crítica da horrenda continuação do original, mas aqui vem a minha redenção. O roteiro de David Koepp, baseado em personagem criado pelo magistrado Edwin Torres, realmente não traz grandes reviravoltas e o diferencial é mesmo o estilo inspirado. E quem não gosta de cinema pipoca com cara de produção de baixo orçamento? Não sei vocês, mas eu adoro!
Anos 70, o porto-riquenho Carlitos Brigante (Al Pacino) está saindo da prisão e vai tentar reconstruir sua vida longe do crime e negar seu passado como o traficante de heroína mais barra-pesada e respeitado de Nova York. Assim, Carlitos resolve pegar um “financiamento” e investir em um clube (o maravilhoso El Paraiso) a fim de juntar grana e depois fazer as malas para o Bahamas. Ele ainda contrata o fiel Pachanga (Luiz Guzman) para garantir proteção. Mas, toda cautela não é suficiente e logo ele arruma atrito com um novo traficante, Benny Blanco (John Leguizamo).
Carlitos ainda vai tentar reconquistar Gail (Penelope Ann Miller) - a mulher que namorava antes de ser preso - e ajudar o amigo David Kleinfeld (Sean Penn) a resolver um negócio com mafiosos italianos. Tudo isso regado a muita luz, disco, roupas extravagantes, mulheres lindas, caras estilosos, cenas externas verticalizadas e longas tomadas sem interrupções. Muito estilo, muito estilo. “Aqui estou eu imitando Humprey Bougart”, diz Carlito na primeira cena em que aparece como dono do bar. Outra cena antológica é a perseguição no Grand Central Station (lembra de Pacino abaixado em uma escada rolante mandando bala para todos os lados?). Mais uma vez a estória do bandido em busca de expiação e o resultado, novamente, é excelente. Ainda mais sob o comando caprichado de Brian de Palma e a ajuda de um inspirado Al Pacino.
Ponto Alto: O protagonista entra na boate em que a namorada faz strip-tease – longa tomada sem cortes.
Ponto Baixo: O desfecho da trama é revelado logo no início. Mas, neste caso, isso não passou de detalhe.
Anos 70, o porto-riquenho Carlitos Brigante (Al Pacino) está saindo da prisão e vai tentar reconstruir sua vida longe do crime e negar seu passado como o traficante de heroína mais barra-pesada e respeitado de Nova York. Assim, Carlitos resolve pegar um “financiamento” e investir em um clube (o maravilhoso El Paraiso) a fim de juntar grana e depois fazer as malas para o Bahamas. Ele ainda contrata o fiel Pachanga (Luiz Guzman) para garantir proteção. Mas, toda cautela não é suficiente e logo ele arruma atrito com um novo traficante, Benny Blanco (John Leguizamo).
Carlitos ainda vai tentar reconquistar Gail (Penelope Ann Miller) - a mulher que namorava antes de ser preso - e ajudar o amigo David Kleinfeld (Sean Penn) a resolver um negócio com mafiosos italianos. Tudo isso regado a muita luz, disco, roupas extravagantes, mulheres lindas, caras estilosos, cenas externas verticalizadas e longas tomadas sem interrupções. Muito estilo, muito estilo. “Aqui estou eu imitando Humprey Bougart”, diz Carlito na primeira cena em que aparece como dono do bar. Outra cena antológica é a perseguição no Grand Central Station (lembra de Pacino abaixado em uma escada rolante mandando bala para todos os lados?). Mais uma vez a estória do bandido em busca de expiação e o resultado, novamente, é excelente. Ainda mais sob o comando caprichado de Brian de Palma e a ajuda de um inspirado Al Pacino.
Ponto Alto: O protagonista entra na boate em que a namorada faz strip-tease – longa tomada sem cortes.
Ponto Baixo: O desfecho da trama é revelado logo no início. Mas, neste caso, isso não passou de detalhe.
7 Comments:
Eu acho O pagamento final bem superior à Scarface, acho que a narrativa mais contida funciona melhor para De Palma, e a constante narração em off do protagonista dá um tom noir apropriado à história.
FILMAÇO! Sou fã do De Palma, apesar de não gostar de um ou dois filmes dele. Mas não se pode negar q ele tenha estilo.
Sean Penn impagável, Pacino competente como sempre. E é interessante ver Viggo Mortensen antes da mega-fama como Aragorn.
O esquema de revelar no começo ainda não era clichê na época, até lembro q gostei disso.
"rememba me, ahn? Benny Blanco from the Bronx..."
Abração!
Wilson e Rodrigo, parceiros habituais aqui no Pipoca de Sal. Pois é, este filme é mesmo um clássico moderno. Exala estilo setentista de uma forma muito apropriada.
A produção é melhor, mas ainda fico com a bagaceira de Scarface. Sei lá, Pacino está mais punk naquele.
Valeu galera e sejam sembre bem-vindos a este humilde morada. :-0
Que tantos posts novos! Vou demorar um tempão pra me atualizar por aqui...
Vc tá sumido, viu?
Beijos.
Grande junior!!!
Carlitos Way= Al Pacino + Martin Scorsese.
Não necessita dizer mais nada!
Este sim é um dos primeiros filmes que compõe a galeria dos melhores fimes de ação!
Um grande abraço!!!
Grande junior!!!
Carlitos Way= Al Pacino + Martin Scorsese.
Não necessita dizer mais nada!
Este sim é um dos primeiros filmes que compõe a galeria dos melhores fimes de ação!
Um grande abraço!!!
Ismael
Um dos melhores filmes feitos até hoje.
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