Marcas do Terror
A participação de Takashi Miike na série Masters of Horror foi um assombro. Quem mandou dá sinal verde para o cara? Definitivamente, um dos filmes mais exageradamente perturbadores dos últimos tempos. Dou a mão à palmatória para quem não viu a escandalosa cena de tortura mordendo as mãos. Agonia pura! Bem, trata-se de um média-metragem que logicamente teve a exibição proibida nas Tvs americanas e é mais uma prova da genialidade demente deste cineasta oriental.
Imprint conta a estória do jornalista americano Cristhopher (Billy Drago) que, no século XIX, em busca de reencontrar um amor do passado acaba parando em uma ilha cheia de prostitutas. Ele pergunta pela amada, mas sem chances. Como o barco em que vai seguir viagem só sairá no dia seguinte, nosso aventureiro acaba aceitando uma gueixa para passar a noite. A escolhida é uma retraída prostituta com uma deformação no rosto (Youki Kudoh, que fez Neve sobre os Cedros e Memórias de uma Gueixa). Ela revela que a mulher que ele procura, Komomo (Michie Itô), se enforcou por não agüentar mais a espera do grande amor, neste caso, o próprio Cristhopher.
Por fim, a estranha mulher conta sua trajetória de vida e o violentíssimo fim da bondosa amada do nosso jornalista. O final logicamente revela surpresas que ninguém em sã consciência poderia supor. O filme é curto, mas a estória faz um vai-e-vem divertido no tempo que parece estender a duração da produção. Uma infinidade de temas desagradáveis (aborto, incesto, tortura...) são abordados e as imagens são tão apavorantes e repugnantes - cortesia do maquiador Yuchi Matsui, parceiro habitual do diretor - que parece que há alguma coisa por trás de tanto horror. Impressão confirmada a posteriori .
Marcas do Terror é adaptação de um famoso romance japonês, Booke Kyoutee, escrito por Shimako Iwai, uma feminista japonesa que neste livro entregou sua obra definitiva sobre a submissão da condição feminina na sociedade nipônica. Miike parece que entendeu a proposta das alegorias feminina. Ele disse que este filme trata de sentimentos humanos ruins como rancor e amargura, e não necessariamente sobre monstros e fantasmas. A própria autora do livro prefere o filme. Sem dúvida, uma maneira autêntica de mandar uma mensagem. Ao público, cabe apenas a sensação de angústia na subida dos letreiros.
Ponto Alto: a canastrice sem precedentes do nosso amigo Billy Drago. Coisa de profissional!
Ponto Baixo: o filme deveria ter sido feito em japonês, não em inglês. A liberdade de Miike foi além da conta na hora de contar a estória, mas esbarrou neste detalhe crucial.
Imprint conta a estória do jornalista americano Cristhopher (Billy Drago) que, no século XIX, em busca de reencontrar um amor do passado acaba parando em uma ilha cheia de prostitutas. Ele pergunta pela amada, mas sem chances. Como o barco em que vai seguir viagem só sairá no dia seguinte, nosso aventureiro acaba aceitando uma gueixa para passar a noite. A escolhida é uma retraída prostituta com uma deformação no rosto (Youki Kudoh, que fez Neve sobre os Cedros e Memórias de uma Gueixa). Ela revela que a mulher que ele procura, Komomo (Michie Itô), se enforcou por não agüentar mais a espera do grande amor, neste caso, o próprio Cristhopher.
Por fim, a estranha mulher conta sua trajetória de vida e o violentíssimo fim da bondosa amada do nosso jornalista. O final logicamente revela surpresas que ninguém em sã consciência poderia supor. O filme é curto, mas a estória faz um vai-e-vem divertido no tempo que parece estender a duração da produção. Uma infinidade de temas desagradáveis (aborto, incesto, tortura...) são abordados e as imagens são tão apavorantes e repugnantes - cortesia do maquiador Yuchi Matsui, parceiro habitual do diretor - que parece que há alguma coisa por trás de tanto horror. Impressão confirmada a posteriori .
Marcas do Terror é adaptação de um famoso romance japonês, Booke Kyoutee, escrito por Shimako Iwai, uma feminista japonesa que neste livro entregou sua obra definitiva sobre a submissão da condição feminina na sociedade nipônica. Miike parece que entendeu a proposta das alegorias feminina. Ele disse que este filme trata de sentimentos humanos ruins como rancor e amargura, e não necessariamente sobre monstros e fantasmas. A própria autora do livro prefere o filme. Sem dúvida, uma maneira autêntica de mandar uma mensagem. Ao público, cabe apenas a sensação de angústia na subida dos letreiros.
Ponto Alto: a canastrice sem precedentes do nosso amigo Billy Drago. Coisa de profissional!
Ponto Baixo: o filme deveria ter sido feito em japonês, não em inglês. A liberdade de Miike foi além da conta na hora de contar a estória, mas esbarrou neste detalhe crucial.
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