Coffy
Em Jackie Brown, meu favorito do Tarantino, homenagem aos anos 1970. A referência passa pelas músicas, figurino e, claro, pelo elenco - destaque para Pam Grier. Em Jackie Brown, nos auges dos seus 48 anos, Grier foi um assombro; imagine a garota nos anos 1970 em um daqueles filmes baratos e deliciosos sobre vingança, cheios de sexo e violência. A parceria com o bacana Jack Hill rendeu clássicos explotations como Coffy e Foxy Brown. Vamos falar de Coffy, realizado em 1973, no qual ela destila sensualidade no papel da enfermeira que faz justiça pelas próprias mãos aos traficantes que deixaram sua jovem irmã em estado vegetativo.
O filme começa com a protagonista se fazendo passar por uma garota de vida fácil para estourar um PIMP com um tiro de espingarda na cabeça. A coisa é braba e sobra pra um vigarista que faz às vezes de motorista do cafetão. Depois conhecemos a rotina da doce enfermeira no hospital; nem de longe lembra a destemida justiceira. Há o envolvimento de Coffy com o congressista Howard (Booker Bradshawn) - ativista negro que depois descobrimos ser um canalha - e o quase-affair com o bondoso policial Carter (William Elliott).
Em busca do sucesso em seu mirabolante plano de vingança, ela vai fazer às vezes de uma das garotas do impagável e espalhafatoso cafetão George (Robert Doqui, o sargento de Robocop, lembra?!). George tem uma morte cruel, mas não sem antes estabelecer a relação da justiceira com o mafioso racista Arturo Vitroni (Allan Arbus) e seu inseparável capanga Omar (ninguém mais ninguém menos que Sid Haig). Apesar do virtuosismo, nossa heroína é humana e, em um raro momento de fraqueza, quase põe tudo a perder, mas rapidamente volta a si e encerra o filme de maneira honrosa andando de cabeça erguida pela praia.
Coffy está repleto de defeitos, mas tem uma edição ágil e personagens carismáticos. Isso sem dizer que aquele estilo setentista que tanto cultuamos está ali em todos os detalhes. Enfim, o filme não é um primor, mas, levando-se em conta apenas o fator entretenimento, estamos diante de uma obra-prima. Quanto a Grier no auge, só nos resta dizer que é extraordinariamente linda: alta, corpão deslumbrante, pele de chocolate, cabelão black – a diva definitiva do blaxplotation. Tarantino sabe mesmo das coisas.
Ponto Alto: trilha sonora de blaxplotation é sempre um show à parte. Neste caso, não foi diferente.
Ponto Baixo: a cena das garotas brigando na festa de George. Elas ficam seminuas durante a luta. Tragicômico! Jack Hill adora essas coisas, mas eu, particularmente, não compartilho deste fetiche.
O filme começa com a protagonista se fazendo passar por uma garota de vida fácil para estourar um PIMP com um tiro de espingarda na cabeça. A coisa é braba e sobra pra um vigarista que faz às vezes de motorista do cafetão. Depois conhecemos a rotina da doce enfermeira no hospital; nem de longe lembra a destemida justiceira. Há o envolvimento de Coffy com o congressista Howard (Booker Bradshawn) - ativista negro que depois descobrimos ser um canalha - e o quase-affair com o bondoso policial Carter (William Elliott).
Em busca do sucesso em seu mirabolante plano de vingança, ela vai fazer às vezes de uma das garotas do impagável e espalhafatoso cafetão George (Robert Doqui, o sargento de Robocop, lembra?!). George tem uma morte cruel, mas não sem antes estabelecer a relação da justiceira com o mafioso racista Arturo Vitroni (Allan Arbus) e seu inseparável capanga Omar (ninguém mais ninguém menos que Sid Haig). Apesar do virtuosismo, nossa heroína é humana e, em um raro momento de fraqueza, quase põe tudo a perder, mas rapidamente volta a si e encerra o filme de maneira honrosa andando de cabeça erguida pela praia.
Coffy está repleto de defeitos, mas tem uma edição ágil e personagens carismáticos. Isso sem dizer que aquele estilo setentista que tanto cultuamos está ali em todos os detalhes. Enfim, o filme não é um primor, mas, levando-se em conta apenas o fator entretenimento, estamos diante de uma obra-prima. Quanto a Grier no auge, só nos resta dizer que é extraordinariamente linda: alta, corpão deslumbrante, pele de chocolate, cabelão black – a diva definitiva do blaxplotation. Tarantino sabe mesmo das coisas.
Ponto Alto: trilha sonora de blaxplotation é sempre um show à parte. Neste caso, não foi diferente.
Ponto Baixo: a cena das garotas brigando na festa de George. Elas ficam seminuas durante a luta. Tragicômico! Jack Hill adora essas coisas, mas eu, particularmente, não compartilho deste fetiche.
1 Comments:
AMO! esse filme é duca! Juarez, atualize seu link! o focinho gelado morreu e agora nasceu O FOCINHO DE PAVLOV! Me visite lá! Abraço!
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