Matador
Este suspense divertido com jeito e cara de cinema barato europeu é um dos grandes achados de Almodóvar. Matador é filmaço; pesado, sujo e absurdamente ridículo. O cineasta nos brinda com aquele seu estilo que virou referência: personagens caricaturais, amores obsessivos, tragédias, tudo embalado em uma atmosfera colorida e bem acabada apesar da simplicidade da produção. O filme ajudou a perpetuar o estilo Almodóvar quando seus filmes ainda não eram cleans ou seguiam a cartilha do chocante convencional.
Aqui, a trama gira em torno do toureiro Diego (Nacho Martinez), que, aposentado devido a um grave acidente, vive de dar aulas de tauromaquia. Canastrão, metido a galante, Diego é sedutor e enlouquece as mulheres. As coisas se complicam quando um aluno, Angel (Antonio Banderas), reprimido pela mãe religiosa (membro da Opus Dei) decide provar ao mestre que também se dá bem com as garotas. Faz uma tentativa desengonçada de estupro a modelo Eva Soler (Eva Cobo, a mais fraca do filme), namorada do seu mestre. Amargurado, ele se entrega a polícia e atribui a si uma série de assassinatos. A sensual advogada Maria (Assumpta Serna) aparece para defender Angel. Uma certa obsessão pela arte de matar e de morrer e está armado o circo, o que se segue é Almodóvar, no auge e sem concessões.
Verdade que o filme perde um pouco do ritmo no desenrolar da trama. O final previsível e uma série de coincidências teatrais deixam a verossimilhança de lado. Entretanto, a composição precisa de imagens e a criação anárquica dos personagens compensam qualquer deslize. Não por acaso, o ESTILO marcante e a condução irregular lembram Jesus Franco (vale lembrar que na primeira cena do filme, Diego se masturba durante a exibição de um filme de titio Jess).
Não é fácil enquadrar Matador em um gênero, pois são tantos estilos misturados, que a definição de thriller realmente é simplória. Enfim, cinema europeu como a gente gosta. Destemido, visceral, repleto de referências e ainda com atores que ficariam famosos a posteriori suando a camisa em começo de carreira. Ainda inigualável.
Ponto Alto: A cena em que Almodóvar surge como um estilista. Na preparação para o desfile, as modelos se drogando, maior loucura. Em um dado momento, uma vomita no vestido da outra. O estilista manda a pérola: “Não se preocupe. Desfile assim. Está divina. Fantástica”.
Ponto Baixo: Em alguns momentos, Almodóvar se esquece do mundo e se entrega aos seus delírios. O que são aqueles closes nas partes íntimas dos jovens toureiros? Gratuito e fora de contexto.
Aqui, a trama gira em torno do toureiro Diego (Nacho Martinez), que, aposentado devido a um grave acidente, vive de dar aulas de tauromaquia. Canastrão, metido a galante, Diego é sedutor e enlouquece as mulheres. As coisas se complicam quando um aluno, Angel (Antonio Banderas), reprimido pela mãe religiosa (membro da Opus Dei) decide provar ao mestre que também se dá bem com as garotas. Faz uma tentativa desengonçada de estupro a modelo Eva Soler (Eva Cobo, a mais fraca do filme), namorada do seu mestre. Amargurado, ele se entrega a polícia e atribui a si uma série de assassinatos. A sensual advogada Maria (Assumpta Serna) aparece para defender Angel. Uma certa obsessão pela arte de matar e de morrer e está armado o circo, o que se segue é Almodóvar, no auge e sem concessões.
Verdade que o filme perde um pouco do ritmo no desenrolar da trama. O final previsível e uma série de coincidências teatrais deixam a verossimilhança de lado. Entretanto, a composição precisa de imagens e a criação anárquica dos personagens compensam qualquer deslize. Não por acaso, o ESTILO marcante e a condução irregular lembram Jesus Franco (vale lembrar que na primeira cena do filme, Diego se masturba durante a exibição de um filme de titio Jess).
Não é fácil enquadrar Matador em um gênero, pois são tantos estilos misturados, que a definição de thriller realmente é simplória. Enfim, cinema europeu como a gente gosta. Destemido, visceral, repleto de referências e ainda com atores que ficariam famosos a posteriori suando a camisa em começo de carreira. Ainda inigualável.
Ponto Alto: A cena em que Almodóvar surge como um estilista. Na preparação para o desfile, as modelos se drogando, maior loucura. Em um dado momento, uma vomita no vestido da outra. O estilista manda a pérola: “Não se preocupe. Desfile assim. Está divina. Fantástica”.
Ponto Baixo: Em alguns momentos, Almodóvar se esquece do mundo e se entrega aos seus delírios. O que são aqueles closes nas partes íntimas dos jovens toureiros? Gratuito e fora de contexto.
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