Os Embalos de Sábado à Noite
O clássico maior da era da Disco Music. O filme é forte em suas imagens e na construção do conceito de uma época. Para isso a parte técnica ajudou bastante - teve até inovações na câmera (steady-cam - câmeras menores sem o uso de tripés, rodas ou outros acessórios) a fim de mostrar com mais precisão o rebolado de John Travolta. O filme também é intenso não apenas pelo colorido da Discoteca 2001, mas pelo clima depressivo e questionamentos que pesam na trajetória de Tony Manero.
O início - Manero desfilando seu carisma pelas ruas do Brooklyn - é emblemático e abre a proposta do roteiro. Ali, o garoto é rei. Logo no início, ele é questionado pelo seu empregador sobre o futuro. Apenas desconversa, pois quer mesmo é viver o presente e continuar seu reinado naquela faixa de território. Descendente de italianos, o protagonista espera o final de semana para bailar (com muita competência) pelas discotecas do bairro. Lá é o sonho de consumo das meninas e o modelo de comportamento para os garotos.
O cara vive às turras com a família - pai desempregado, irmão largando a batina, mãe insatisfeita e arrumando briga com os vizinhos latinos. O personagem de Manero é bem desenvolvido – o cara não é má pessoa, mas é marrento ao extremo e acaba jogando todas as suas insatisfações em cima das garotas e amigos que o idolatram. Um suburbano bacana, mas cheio de imperfeições. Ele encontra Stephanie Mangano (Karen Lynn Gorney) para ser sua parceira em um concurso de dança e ela começa a questionar sua situação. Ele tem apenas 20 anos e a condição de ídolo do bairro é bacana, mas exige responsabilidade, pois seus amigos e admiradoras cobram atenção e atitudes, e ele não tem maturidade pra lidar com isso.
Reza a lenda que o filme seria comandado por Jonh G. Avildsen, que, segundo Travolta, queria tornar Manero um cara boa-praça, um personagem convencional. Não era essa a proposta e, quando o ator firmou o pé para manter a complexidade de seu personagem, os produtores optaram pelo astro e John Badham passou a comandar o barco. Os Embalos de Sábado à Noite demora a pegar o ritmo e tem atores ruins, mas isso é coisa menor perto de um filme tão importante e que curiosamente propõe muito mais do que se podia supor. Sem falar que Bee Gees é maneiro, Travolta dança pra caramba e o figurino é de primeira. Com tantas qualidades não foi por acaso que virou clássico.
Ponto Alto: o quarto de Manero decorado com pôsteres de Rocky Balboa, Al Pacino e Bruce Lee. Legal quando uma garota compara Manero a Al Pacino. O Dirk Digleer de Boogie Nights tem cheiro de homenagem.
Ponto Baixo: a protagonista Stephanie Mangano. A tal de Karen Lynn Gorney é muito, mas muito fraca. Não tem um pingo de carisma e a carinha de Margot Kidder não colou.
O início - Manero desfilando seu carisma pelas ruas do Brooklyn - é emblemático e abre a proposta do roteiro. Ali, o garoto é rei. Logo no início, ele é questionado pelo seu empregador sobre o futuro. Apenas desconversa, pois quer mesmo é viver o presente e continuar seu reinado naquela faixa de território. Descendente de italianos, o protagonista espera o final de semana para bailar (com muita competência) pelas discotecas do bairro. Lá é o sonho de consumo das meninas e o modelo de comportamento para os garotos.
O cara vive às turras com a família - pai desempregado, irmão largando a batina, mãe insatisfeita e arrumando briga com os vizinhos latinos. O personagem de Manero é bem desenvolvido – o cara não é má pessoa, mas é marrento ao extremo e acaba jogando todas as suas insatisfações em cima das garotas e amigos que o idolatram. Um suburbano bacana, mas cheio de imperfeições. Ele encontra Stephanie Mangano (Karen Lynn Gorney) para ser sua parceira em um concurso de dança e ela começa a questionar sua situação. Ele tem apenas 20 anos e a condição de ídolo do bairro é bacana, mas exige responsabilidade, pois seus amigos e admiradoras cobram atenção e atitudes, e ele não tem maturidade pra lidar com isso.
Reza a lenda que o filme seria comandado por Jonh G. Avildsen, que, segundo Travolta, queria tornar Manero um cara boa-praça, um personagem convencional. Não era essa a proposta e, quando o ator firmou o pé para manter a complexidade de seu personagem, os produtores optaram pelo astro e John Badham passou a comandar o barco. Os Embalos de Sábado à Noite demora a pegar o ritmo e tem atores ruins, mas isso é coisa menor perto de um filme tão importante e que curiosamente propõe muito mais do que se podia supor. Sem falar que Bee Gees é maneiro, Travolta dança pra caramba e o figurino é de primeira. Com tantas qualidades não foi por acaso que virou clássico.
Ponto Alto: o quarto de Manero decorado com pôsteres de Rocky Balboa, Al Pacino e Bruce Lee. Legal quando uma garota compara Manero a Al Pacino. O Dirk Digleer de Boogie Nights tem cheiro de homenagem.
Ponto Baixo: a protagonista Stephanie Mangano. A tal de Karen Lynn Gorney é muito, mas muito fraca. Não tem um pingo de carisma e a carinha de Margot Kidder não colou.
3 Comments:
Um clássico! E não há discussão qto a isso! rsrs. Concordo praticamente com tudo q. vc. escreveu, só acho q. tirando a garota q. é muito fraca, o filme tem um bom elenco, o irmão, q. é aquele escritor q. tb fez "o exorcista" manda super bem! Enfim, um dos melhores registros dos anos 70, se alguém quer saber mais dessa época, tem q. ver "Os Embalos..." e Bee Ges é maneiro demais!
Júnior!
cara mto bom seu blog, sempre do uma passada aki, mas como eu nunca tinha visto os outros filmes eu nao comentava hahaha.
parabéns!
e realmente, os embalos de sabado a noite eh bem classico, dos q passam 10³ vezes na sessao da tarde ahhahaha.
concordo. assisti outra vez o filme e a opinião permanece: um clássico... grease é tb muito bom.
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