25 de junho de 2009

O Matador


Ao acompanharmos as aventuras de Jeff (ChowYun-Fat), entendemos em detalhes o porquê de John Woo ter se tornado um objeto tão cult entre cineastas moderninhos do mainstream americano. As construções das várias seqüências de ação são realmente de tirar o fôlego. Tiros, sangue, tiros, pombos, tiros, roupas brancas, tiros, acordes histriônicos, tiros... O estilo do cineasta que foi consagrado a posteriori com obras mais “limpas” como A Outra Face e Missão Impossível II transborda por aqui. Estamos falando do auge de Woo no cinema chinês – violência, estilo exagerado, cafonice e uma pieguice de fazer corar roteirista de novela mexicana.


A trama gira em torno da amizade entre um ético matador profissional (Fat) e o policial (Danny Lee) que o persegue. Jeff mata bandidos e é um cara cheio de honra e em um tiroteio acaba ferindo a cantora Jenny (Sally Yeh) e a deixa praticamente cega. Sente-se culpado e topa um último serviço para conseguir um transplante de córnea para a garota. Cumpre o serviço, mas acaba vítima de uma emboscada e tem início a sua perseguição pelo policial vivido por Danny Lee. O sucesso de O Matador não vem de sua trama, mas da maneira com a qual o diretor constrói as belas cenas de ação; os movimentos dos heróis são belíssimos, cheios de estilo. Em contraponto, há vilões caricatos que deixam nítido a contradição entre o belo e o feio. Palavras de honras pra lá de afetadas, muitos (mas muitos) tiroteios e um melodrama de arder os olhos em um filme que fez de Woo um mito. Aqui o diretor contou com o apoio do produtor Tsui Hark (aquele mesmo, o diretor de Era Uma vez na China) e do super astro Chow Yun-Fat. Simplesmente irresistível.


Ponto Alto: o humor estilo pastelão me incomoda.


Ponto Baixo: a plasticidade das sequências de ação continua insuperável, mesmo depois de tantas imitações.

9 de junho de 2009

E Continuam os Festivais...

Só que este Festival é atrevido, no bom sentido, e sugere novas linguagens. Trata-se da Cel.U.Cine com o 1° Festival de micrometragens brasileiro. Focado em produções de até 3 minutos, o festival possibilita ainda que os filmes sejam gravados em celulares, câmeras digitais e mini-dvds.

O Festival Cel.U.Cine de micrometragens, adotando novas mídias, principalmente o celular, tem tudo para se tornar um pólo difusor de cultura no Brasil. Sempre oferecendo novas possibilidades, como a utilização da mídia celular para a produção e ampla difusão de conteúdos brasileiros criativos.

A Cel.U.Cine conta também com grandes parcerias, como o canal Brasil e a RIO Filmes, onde os micrometragens serão exibidos com exclusividade pelo canal e lançados em DVDs pela produtora.

A segunda etapa do Festival está em andamento com tema “Sonhando acordado”, os filmes estão sendo enviados diretamente ao portal www.celucine.com.br, agora prorrogado até dia 10 de junho. O resultado da 2° etapa sairá entre os dias 16 e 22 de Junho.

Liberte seu lado cultural e criativo produzindo seu micrometragem. Participe do Festival Cel.U.Cine

8 de junho de 2009

SP TERROR

Entre os dias 22 de junho e 02 de julho, os paulistanos poderão desfrutar do SP TERROR - Festival Internacional de Cinema Fantástico. Os filmes serão exibidos nas salas da Reserva Cultural na Avenida Paulista. São mais de 30 títulos com destaque para o sueco Deixe Ela Entrar de Tomas Alfredson (eu nunca vi, mas já li que a coisa é boa) e o brasileiro Mangue Negro, filme de zumbis dirigido por Rodrigo Aragão. Outro produções que não posso deixar de citar são o britânico Lesbian Vampires Killers de Phil Claydon e Solos do chileno Jorge Olguín. Mas a lista é grande e não pára nisso; têm filmes argentinos, japoneses e também independentes americanos.


O SP TERROR terá ainda duas mostras competitivas: a internacional e a iberoamericana. Os jurados são do quilate de José Mojica Marins (dispensa apresentação), Dennison Ramalho (cineasta de curtas como Amor Só de Mãe), Erico Borgo (crítico de cinema – site Omelete – lembra?!) e Leopoldo Tauffenbach (artista plástico e “dono” do recém-lançado blog Cine Demência). Oportunidade imperdível para a galera de Sampa. Aqui em Brasília, resta ficar morrendo de inveja ou programar uma viagem de última hora. Quem sabe?


Serviço – www.spterror.com