2 de novembro de 2010

Feliz Aniversário Para Mim

Esse é um guilty pleasure daqueles realmente afetivos. Gosto de quase tudo, desde a traminha convencional até o desfecho forçadamente imprevisível. O problema é que se o espectador for mais esperto um pouco e se ligar no título do filme e na confusa história da protagonista, mostrada em flashbacks, não vai cair nos truques do roteiro em apontar suspeitos. Falar na protagonista, a Ginny (a aguada Melissa Sue Anderson) apesar de alguns rompantes de puritanismo é uma protagonista, digamos, mais ousada que a de outros slashers da época. Ela chega a fumar maconha, trocar beijos e insinuar carícias em vários momentos. Olha que danada!

Entretanto, apesar de bobinho Feliz Aniversário Para Mim é simplesmente divertido. As mortes on-screen e a sequência da cirurgia no cérebro - olha que um dos Jogos Mortais copiou essa última- são sangrentas e bem realizadas. O curioso é que o diretor aqui é o responsável pelo clássico de guerra Canhões de Navarone. Experiência o tal J. Lee Thompson tinha; isso é inegável e fica nítido no ritmo adequado e em alguns bons enquadramentos nos momentos de suspense. Ideal para uma chuvosa tarde de sábado.

Ponto Alto: a morte com os halteres guarda, ainda hoje, uma originalidade sacana pela maldade do desfecho.

Ponto Baixo: tem um jogo fake de futebol que é ridículo demais. O craque é o personagem mais insuportável do filme: Rudi, interpretado pelo ator de TV, David Eisner.