Babel
Não tenho certeza se o filme é realmente bom, mas, um fato é certo, é de uma autenticidade genuína. A autenticidade não chega a ser um traço de originalidade, mas um exercício cinematográfico tão precioso e de escolhas tão fortes, que é impossível passar despercebido e não se envolver nos meandros e peculiaridades da trama. Babel é tão denso que pode ser cortado com uma faca. Sei de uma coisa – saí do cinema exausto depois das quase duas horas e meias de projeção, a cabeça estourando. Entretanto extasiado e novamente encantado com as possibilidades abertas por Iñárritu e seu roteirista de carteirinha Guillermo Arriaga. Vou ser sincero, sensação parecida apenas quando vi Apocalipse Now.
Pois bem, no novo filme de Alejandro Iñárritu acompanhamos o desdobramento de um fato na vida de várias pessoas comuns em diversas regiões do planeta. A mesma idéia de Amores Brutos e 21 Gramas. A americana Suzan (Cate Blanchett) em passeio ao Marrocos com o marido Richard (Brad Pitt), leva um tiro enquanto cochila no ônibus de passeio. O tiro foi disparado pelos garotos marroquinos Ahmed (Said Tarchani) e Youssef (Boubker At El Caid) enquanto testavam a arma comprada pelo pai para afugentar os chacais do deserto. Enquanto isso nos Estados Unidos, a aventura da mexicana Amelia (Adriana Barraza) para cuidar dos filhos do casal em viagem, e não se ausentar de um casamento no México. Solução: levar os garotos ao evento. No outro lado do mundo, as aflições da personagem mais hermética do filme – a japonesa surda-muda Cheiko (Rinku Kikushi) e sua insegurança constrangedora.
Babel – o título diz respeito aos contrastes do mundo vislumbrada nos detalhes de cada idioma. Um mundo bem diferente, feito por pessoas diferentes, mas com sentimentos comuns. Angústias, dores e paixões não distinguem traço étnico, cultural ou geográfico. A inseguranças, a inveja, o medo e principalmente o amor pelos entes queridos. Uma proposta pretensiosa, difícil, complexa, mas de fácil identificação. Ousadia que acertadamente massacra o telespectador. Sem falar na coqueluche de cores, imagens, sons e odores que o diretor nos satura. Uma experiência exaustiva. O filme é mesmo palpável e, apesar de alguns deslizes (exemplo maior disso é a forçada participação dos personagens japoneses no evento central), passa muito longe da obviedade plástica e fácil do cinema moderno. No resumo da obra, um pouco mais que simplesmente cinema. Vida pulsando
Ponto Alto: A seqüência de Cheiko na boate.
Ponto fraco: a pieguice surge sim em alguns momentos. Infelizmente.
Pois bem, no novo filme de Alejandro Iñárritu acompanhamos o desdobramento de um fato na vida de várias pessoas comuns em diversas regiões do planeta. A mesma idéia de Amores Brutos e 21 Gramas. A americana Suzan (Cate Blanchett) em passeio ao Marrocos com o marido Richard (Brad Pitt), leva um tiro enquanto cochila no ônibus de passeio. O tiro foi disparado pelos garotos marroquinos Ahmed (Said Tarchani) e Youssef (Boubker At El Caid) enquanto testavam a arma comprada pelo pai para afugentar os chacais do deserto. Enquanto isso nos Estados Unidos, a aventura da mexicana Amelia (Adriana Barraza) para cuidar dos filhos do casal em viagem, e não se ausentar de um casamento no México. Solução: levar os garotos ao evento. No outro lado do mundo, as aflições da personagem mais hermética do filme – a japonesa surda-muda Cheiko (Rinku Kikushi) e sua insegurança constrangedora.
Babel – o título diz respeito aos contrastes do mundo vislumbrada nos detalhes de cada idioma. Um mundo bem diferente, feito por pessoas diferentes, mas com sentimentos comuns. Angústias, dores e paixões não distinguem traço étnico, cultural ou geográfico. A inseguranças, a inveja, o medo e principalmente o amor pelos entes queridos. Uma proposta pretensiosa, difícil, complexa, mas de fácil identificação. Ousadia que acertadamente massacra o telespectador. Sem falar na coqueluche de cores, imagens, sons e odores que o diretor nos satura. Uma experiência exaustiva. O filme é mesmo palpável e, apesar de alguns deslizes (exemplo maior disso é a forçada participação dos personagens japoneses no evento central), passa muito longe da obviedade plástica e fácil do cinema moderno. No resumo da obra, um pouco mais que simplesmente cinema. Vida pulsando
Ponto Alto: A seqüência de Cheiko na boate.
Ponto fraco: a pieguice surge sim em alguns momentos. Infelizmente.